Apesar da preparação específica e do eventual domínio dos conhecimentos, para além de uma boa aplicação dos métodos e das técnicas, o investigador deve fazer valer não apenas a intuição para traçar uma estratégia adequada enquanto processo gerador de hipóteses suscetíveis de exploração positiva, bem como a analogia, para não falarmos de imaginação, talento e perspicácia.
A investigação criminal é um trabalho conjunto, apoiado nos métodos utilizados na química, física, biologia, medicina legal, psiquiatria forense, psicologia e outras ciências, de cujos exames resulta uma correta decisão final em ordem ao completo apuramento da verdade dos fatos.
As situações que requerem a intervenção da investigação criminal são complexas, multifacetadas e repercutem-se a vários níveis na estrutura social. Há que ordenar corretamente os elementos obtidos e avaliá-los. Quer isto dizer que a descoberta da verdade deve ser feita de determinada maneira, segundo um certo método e de acordo com regras que permitam a sua permanente adequação a critérios de controlo e validação jurídico-penal.
O livro Local do Crime Metodologia de Investigação Criminal reflete os diferentes aspetos que fazem parte da investigação criminal, e a sua interligação com as outras ciências forenses, tendo como foco o papel que o investigador criminal deve ter em cenários de eventual crime. Tendo como pano de fundo o local do crime, a última parte está construída na base das investigações de terreno, em termos de atos criminais que apelam a uma maior intervenção da Polícia e de outros serviços, caso da Emergência Médica (entendida esta como a atividade na área da saúde que abrange tudo o que se passa desde o local onde ocorre uma situação de emergência até ao momento em que se inicia o tratamento que a situação exige no estabelecimento de saúde adequado). “A investigação é, devia ser, uma ciência exata e, como tal, tratada friamente, sem a menor emoção”.
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